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QUE DESAFORO!

Antes de referir esta efem�ride que tem j� contornos de hist�rica, � justo aludir que a Vila das Lajes teve sempre uma tradi��o s�cio-cultural que lhe adv�m desde a funda��o do Convento dos Frades Franciscanos. N�o eram apenas e s� monges de clausura, eram monges que a exemplo do seu Patrono, tinham como finalidade a protec��o e o ensino dos mais desfavorecidos. O ensino oficial, se assim o quiserem entender, come�ou com a Aula de Latim, que durante muitos anos foi uma institui��o preponderante e valiosa para a promo��o cultural da juventude do concelho.

Funcionava como Escola Secund�ria, para nos situarmos e compararmos com o que hoje se passa e prestou not�rios servi�os � mocidade estudiosa dos s�culos XVIII e XIX. Em 1780 foi oficialmente criada na vila das Lajes uma cadeira r�gia, na qual foi provido o professor Ant�nio In�cio. Ocupou a cadeira posteriormente Francisco Pereira da Silveira, que tomou posse em 1824 e exerceu o cargo at� � sua morte. Seguiu-se-lhe o comendador Ant�nio Louren�o Silveira de Macedo, que tomou posse no dia 13 de Dezembro de 1839.

Silveira de Macedo abandonou o cargo para fazer parte do primeiro corpo docente do Liceu Nacional da Horta, constitu�do em 23 de Fevereiro de 1854 e foi o seu quarto reitor. Sucedeu-lhe o Padre Ant�nio L�cio na reg�ncia da cadeira de Latim e Latinidade. Em sess�o de Verea��o Camar�ria , realizada em 17 de Fevereiro de 1866, compareceram o administrador do concelho, Amaro Adri�o de Azevedo e Castro, Jo�o Paulino da Rosa e Matos, juiz do Julgado, o Rev.� Ant�nio L�cio, depois de viuvo abra�ou a vida sacerdotal, o Rev.� Ant�nio Ribeiro Homem da Costa, o Dr. Jo�o Soares de Lacerda, bacharel em Direito e advogado, Ant�nio de Simas Machado e Melo, escriv�o da Fazenda e Manuel Pereira da Silva Neves, professor de Instru��o Prim�ria, nas Ribeiras, a fim de ser deliberado sobre a constitui��o al�m da Aula de Latim, das cadeiras de Franc�s e Princ�pios de Administra��o e Economia Pol�tica. Devido a certos desaguisados existentes entre os diversos intervenientes, com culpa formada do Padre Ant�nio L�cio, uma vez que o pedido tinha de ser deferido pelo Rei, tal n�o foi concedido e com a morte do Pe. Ant�nio L�cio, tudo voltou � estaca zero. (Estes dados foram recolhidos do livro FIGURAS E FACTOS - Notas Hist�ricas, da autoria de Ermelindo �vila).

Mas o bichinho do saber era grande na �ndole dos Lajenses e se a mem�ria n�o me atrai�oa, depois da Primeira Grande Guerra Mundial, novamente � retomado o Ensino Liceal Particular. Na d�cada de 30, do s�culo passado, desempenhou fun��es de Not�rio P�blico das Lajes , Afr�nio Peixoto, que ministrou algumas aulas do Ensino Liceal e teve como alunos, Maria Albina Rodrigues, ainda viva, Leonildo Machado e Ant�nio Fraga j� falecidos. Seguiu-se-lhe Alfredo Barroso, cunhado de M�rio Soares que, e enquanto esteve a desempenhar as mesmas fun��es do anterior citado Afr�nio, preparou alguns alunos para o primeiro ciclo Liceal. A Professora Olga Soares (Canzana), durante alguns anos preparou muitos alunos para o Exame do Segundo Ano do Liceu, exame esse que se efectuava no Liceu da cidade da Horta, na de Angra do Hero�smo, ou na de Ponta Delgada. Muitos dos alunos ainda est�o vivos e podem atestar o que aqui escrevo.

O Professor Moniz Bettencourt tamb�m preparou muitos alunos e eu fui um deles. Para isso tinha de me levantar �s cinco da manh�, para tomar a camioneta da carreira que me transportava at� S�o Jo�o, para receber aulas das disciplinas de Matem�tica e Portugu�s, uma vez que leccionava naquela freguesia. Uma refer�ncia especial quero aqui deixar � minha professora Maria Leonilda Castro Amaral, que durante meses me preparou para o exame de entrada para um estabelecimento de Ensino Particular e se obti altas classifica��es, a ela o devo.

Depois o Professor Jos� Augusto da Silva Azevedo e esposa, Professora In�s de Melo, prepararam alunos para o exame do quinto ano, Curso Geral dos Liceus. At� que um grupo de professores e n�o s�, - como � o caso de Olga Lopes (Ingl�s) j� falecida -, onde se integraram tamb�m os acima citados Professores Jos� Azevedo e In�s de Melo e ainda H�lder Dinis tamb�m j� falecido, Luisa �vila, Ad�lia Alves, Padre Ant�nio Cardoso e Pe. Jos� Correia da Silva, estes dois sacerdotes tamb�m falecidos, que formaram o primeiro corpo docente do Externato General Lacerda Machado, que ocupou parte das salas do Convento Franciscano, transformado em Pa�os do Concelho, - cujo Presidente da C�mara ao tempo, era Francisco Ant�nio Rodrigues de Simas Melo Ferreira - e Reparti��es P�blicas, (ainda hoje � assim) e � seu primeiro Director o Padre Jos� Correia da Silva.

continua na pr�xima edi��o



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Toronto,
7/Abril/2003
Edi��o 775

ANO XXIII

    Por: Paulo Lu�s �vila

 

 

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