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O tempo � a raz�o da nossa exist�ncia
Somos convidados a viver o tempo que nos foi dado por Deus. Nada melhor ent�o que viver com gratid�o o passado, com paix�o o presente e com esperan�a o futuro .

Santo Agostinho dizia: "V�s sois o tempo, mudai e os tempos mudar�o". A B�blia (Ecl 3,2-5) diz que para tudo h� um tempo: "para nascer e morrer; plantar e arrancar; chorar e rir; gemer e dan�ar; abra�ar e afastar-se; procurar e perder; guardar e jogar fora; rasgar e costurar; calar e falar; amar e odiar; tempo para a guerra e tempo para a paz".

Somos convidados a viver o tempo que nos foi dado por Deus. Nada melhor ent�o que viver com gratid�o o passado, com paix�o o presente e com esperan�a o futuro. Nem todos temos esta sabedoria e cometemos graves enganos. Vejamos. 1. Apego ao passado. H� quem vive seu passado sob o peso da culpa, outros com saudades, outros ainda com revolta. Mas um engano muito comum � o apego ao passado que se traduz em atitude de tradicionalismo, conservadorismo, saudosismo. Mesmo dentro da Igreja hoje respiramos ambientes de um neoconservadorismo, uma volta � grande disciplina, que impede a toler�ncia, o ecumenismo, a liberta��o. As guerras de religi�o com seus fundamentalismos e fanatismos oferecem esse triste esc�ndalo ao mundo. Impedem ao mundo de crer em Deus, porque guerreiam, matam e promovem a viol�ncia em seu nome. As guerras de religi�o n�o est�o s� na Terra Santa, Irlanda, Afeganist�o,Iraque, Indon�sia, �frica, mas em nossas fam�lias, nossas comunidades. Guerras entre conservadores e libertadores, entre Cebs e RCC, entre pastorais e movimentos, entre cat�licos e luteranos, pentecostais, esp�ritas, ma�ons etc. O apego ao passado, o dogmatismo, a intoler�ncia, o racismo ferem os direitos humanos, a paz e o cora��o de Deus. Pelo nosso tradicionalismo, anulamos os mandamentos de Deus, barramos a evolu��o, provocamos viol�ncias. Tomamos o nome de Deus para defender nossos interesses e ambi��es.

2. A fuga do presente. O consumismo leva as pessoas a estarem fora de si, fora de casa, fora da Igreja, fora de Deus, at� que o estresse, o infarto ou outros males apare�am. A fuga do presente acontece pela aliena��o, falta de conscientiza��o, depress�o, desejo de sumir. A rotina, as omiss�es, as preocupa��es tamb�m nos afastam do hoje e impedem vivermos aqui e agora. O tempo passa. � no cotidiano, na viv�ncia do tempo presente que est� o segredo da felicidade. Agora � a hora mais importante. Hoje � o dia , � o tempo favor�vel, � o dia da salva��o. A fuga do presente oculta a percep��o dos "sinais dos tempos" e acabamos deixando para amanh� as decis�es que dever�amos ter tomado ontem. Al�m disso, a fuga do presente se concretiza na pressa, na correria, na falta de tempo para ouvir os outros, para dialogar com Deus, para encontrar a n�s mesmos ouvindo a voz de nossa cons-ci�ncia. Quantos ainda fogem do presente, refugiando-se nas drogas, no alcoolismo, no esbanjamento da vida.

3. Medo do futuro. O povo costuma dizer: "O futuro a Deus pertence". � verdade, nossa vida est� nas m�os de Deus. Devemos agir como se tudo dependesse de n�s e esperar como se tudo dependesse de Deus. Amanh� ser� melhor do que hoje. A esperan�a � rem�dio contra o medo do futuro, enquanto as preocupa��es s�o uma antecipa��o dos problemas de amanh�. A cada dia o seu peso. O medo do futuro gera patologias como a s�ndrome do p�nico, a mentalidade apocal�ptica, o pessimismo, a resist�ncia � velhice, a oculta��o da morte. Sem esperan�a nos sentimos enjaulados nas correntes de medo. Confiemos no bom senso das pessoas, no amor de Deus e na capacidade que temos de resolver os problemas. N�o sejamos escravos do medo, mas fa�amos do medo um trampolim para as solu��es dos nossos problemas.

* Paulo J. Rafael � jornalista, professor universit�rio e doutorando em Ci�ncias Pol�ticas e Administra��o P�blica pela AWU- American World University of Iow



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Toronto,
21/Abril/2003
Edi��o 777

ANO XXIII

   
   
    * Paulo J. Rafael
   Direto do Brasil
   

 

 

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