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17,5% dos a�orianos
s�o a favor da Independ�ncia

 

Por Manuel Moniz

Cerca de 17,5% dos a�orianos diz rever-se na possibilidade de os A�ores poderem ser independentes, enquanto que apenas 13% se rev� como portugu�s. Estes dados, que n�o deixam de ser bomb�sticos, s�o resultado de um estudo realizado por Jos� Manuel Oliveira Mendes, que hoje ser� lan�ado na ilha Terceira.
O livro, intitulado "Do Ressentimento ao Reconhecimento: vozes, identidades, e processos pol�ticos nos A�ores (1974-1996)", com cerca de 400 p�ginas, revela alguns tra�os da constru��o da identidade a�oriana e resulta da sua tese de doutoramento.
Estes dados s�o j� considerados bomb�sticos e ser�o hoje debatidos num programa da Antena 1. � que, quando divididas as popula��es em rurais e citadinos, cerca de 40% dos inquiridos no mundo rural s�o favor�veis � independ�ncia.
Outros dados s�o igualmente preocupantes: apenas cerca de 41% dos inquiridos se rev�em nas localidades onde vivem, enquanto que 27% se rev�em na sua ilha. Apenas 13% se rev� na ideia de Regi�o.
O livro � apresentado por Medeiros Ferreira e Eduardo Ferraz da Rosa, no Sal�o Nobre da C�mara Municipal de Angra do Hero�smo.
Jos� Manuel Oliveira Mendes recorre aos m�todos de investiga��o da Sociologia para encontrar as ra�zes da identidade regional, chegando, rapidamente, � conclus�o de que ela existe para fundamentar o processo auton�mico.
"Logo ap�s o 25 de Abril, as narrativas p�blicas produzidas nos A�ores tentaram construir uma identidade regional por diferencia��o com o espa�o nacional.
Especial import�ncia assumiu o acentuar dos tra�os culturais espec�ficos. A partir dessa data, assistiu-se � tentativa de constru��o de um Estado regional, produto de lutas entre elites nacionais e regionais", explica o autor na introdu��o do livro.
"Procurei analisar a pol�tica de identidade no contexto a�oriano. Ou seja, a partir da revolu��o de Abril de 1974, movimentaram-se v�rias for�as, quer de Direita, quer de Esquerda, para constru�rem uma pretensa identidade a�oriana que se colocasse, com uma forma espec�fica, dentro do contexto nacional e assente em todo um discurso identit�rio de origens m�ticas, papel dos emigrantes, etc.", explica o autor.
"Um dos pilares desta Autonomia � o reconhecimento de que h� uma popula��o diferente, com uma identidade pr�pria. Por outro lado, um outro pilar � a Economia, o processo de solidariedade e de subsidiariedade que marca, sem d�vida, o processo de desenvolvimento dos A�ores nos �ltimos anos. Depois, o resto vem por acr�scimo", explica o investigador.
Argumenta Jos� Manuel Mendes que, no futuro, por causa destas situa��es, poder-se-� assistir ao nascer de um problema para o arquip�lago: "quando o arquip�lago for declarado uma regi�o integral da Uni�o Europeia, sem qualquer l�gica de solidariedade e subsidiariedade, de regi�o ultraperif�rica, como se ficar�", questiona.
E se h� essa possibilidade, em rela��o � identidade da Regi�o de dentro para fora, ela tamb�m existe dentro de portas, nomeadamente em rela��o � identifica��o de cada ilha com o desafio auton�mico insular.





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Toronto,
1/Dezembro/2003
Edi��o 807

ANO XXIII

   
       

  

 

 

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