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NATAL, TRADI��ES & LENDAS

 

N�s, portugueses-americanos, trouxemos connosco a tradi��o da "Consoada" e da "Missa do Galo", que � igualmente observada pelos polacos-americanos, com a respectiva "Wigilia Supper" (refei��o da fam�lia) e tradicional "Pasterka" (Missa da Meia-Noite).

Em honra do Deus-Menino, os emigrantes polacos colocam umas palhinhas na mesa coberta com uma toalha branca. A refei��o come�a com o partir da "Oplatek", uma esp�cia de p�o �zimo, sem fermento (semehante ao p�o eucar�stico), ajuntando-se ainda as imagens do Menino Jesus e sua Santa M�e.

Ap�s esta "cerim�nia", a fam�lia senta-se � mesa "comungando" num aut�ntico banquete, devidamente "aben�oado" com a mais variada s�rie de "iguarias". Antes, por�m, de cada prato ser servido, toda a gente se levanta p'ra cantar uma "holenka", ou seja, um c�ntico de Natal.

N�o interessa o n�mero de "pratos", mas sim o n�mero de comensais, que deve ser aos pares... de contr�rio, haver� morte no grupo. No entanto, colocam uma cadeira extra, e uma vela � janela, na esper�n�a de que o Deus-Menino, sob a apar�ncia dum forasteiro, decida bater � porta e partilhar na refei��o.

Geralmente a "Wigilia Supper" (Consoada) prolonga-se at� chegar a hora da "Pasterka" (Missa do Galo).

A Califorl�ndia herdou do M�xico a tradi��o das "Posadas" (pousadas), que se estende por nove dias, de 16 a 24 de Dezembro, recordando as nove vezes que, na sua jornada p'ra Bel�m, Jos� e Maria tiveram de parar e pedir pousada (posada) p'ra descansar � noitinha.

Esta "novena das posadas" conclui com a tradicional jantarada, em que todas as fam�lias se reunem � volta da mesa, ap�s o que tem lugar a distribui��o das ofertas junto ao Pres�pio, na noita sagrada de Natal. Dentre o rol de lendas que, de certo modo, imprime mais un��o ao "minist�rio"do Natal, escolhi a seguinte acerca da rosa branca... Assim que os pastores ouviram a mensagem dos anjos, relatando o nascimento de Jesus numa mangedoura, eles puse-ram-se a caminho com os seus presentes p'ra ofertar ao Menino rec�m-nascido. Atr�s deles seguia uma jovem rapariga que, envergonhada por n�o ter uma oferta, come�ou a chorar... quando, de repente, das l�grimas ca�das no ch�o "rebentou" uma roseira, repleta das mais lindas rosas brancas.

Imediatamente a "mi�da" apanhou as rosas, e foi deposit�-las na mangedoura, como oferta ao Deus-Menino "rosado e pequenino".
Reza ainda uma outra lenda que, na noite estrelada do primeiro Natal, todas aquelas �rvores, at� a� ressequidas e envelhecidas, encheram-se milagrosamente de pujan�a e desabrocharam em folhas rejuvenescidas, exalando uma doce fragr�ncia em honra do Deus-Menino, a que mais tarde se viriam juntar os Reis Magos com ofertas de incenso e mirra, consolidando a tradi��o de que a fragr�ncia faz parte integrante do m�gico carisma, t�pico do Natal.

� meu Menino Jesus,
Boquinha de requeij�o,
Dai-me a vossa merenda,
Que minha m�e n�o tem p�o.

� meu menino Jesus,
Boquinha de marmelada,
Quem vo-la comera toda
E n�o vos deixar nada.

� meu Menino Jesus,
Tomai l� castanhas quentes,
Abri a vossa boquinha,
Quero ver se tendes dentes.

� meu Menino Jesus,
Vinde ao meio da igreja,
Que vos quero dar um beijo,
Onde toda a gente veja.

Eu hei-de dar ao Menino
Uma fita p'r� chap�u;
Tamb�m ele me h�-de dar
Um lugarzinho no c�u.

O Menino foi ao mato,
Espetou um pico no p�;
Chamou por Nossa Senhora,
Acudiu-lhe S�o Jos�.

Ai, que formoso Menino;
Ai, que tanta gra�a tem;
Ai, que tanto se parece,
Com sua senhora m�e.

� meu Menino Jesus,
Da lapinha de Bel�m,
Se quereis casar comigo,
Dizei-o � vossa m�e.



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Toronto,
22/Dezembro/2003
Edi��o 810

ANO XXIII

 
      Por
Ferreira Moreno

   


 

 

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